FAÇA SEU PEDIDO
-você ainda nao tem!!!
-o que?
-exato!
BRAZYU, a coletânea, com os textos reunidos da série, já está disponível pela Editora Merda Na Mão.
Confira em
https://editoramerdanamao.blogspot.com/2021/12/brazyu-38-lancamento-da-editora-merda.html
AAAHHrte 32 disponível.
As edições do AAAHHrte podem ser vistas/baixadas
nos canais da EDITORA MERDA NA MÃO
ou na ZINETECA DIGITAL COLABORATIVA
ou pedidas por email: nyhyw@yahoo.com.br
AAAHHrte 31 disponível.
As edições do AAAHHrte podem ser vistas/baixadas
nos canais da EDITORA MERDA NA MÃO
ou na ZINETECA DIGITAL COLABORATIVA
ou pedidas por email: nyhyw@yahoo.com.br
AAAHHrte 30
Produção de agner nyhyhwh.
Formato digital.
As edições do AAAHHrte podem ser vistas/baixadas
nos canais da EDITORA MERDA NA MÃO
ou na ZINETECA DIGITAL COLABORATIVA
ou pedidas por email: nyhyw@yahoo.com.br
AAAHHrte 29
Disponível pela EDITORA MERDA NA MÃO
ou na ZINETECA DIGITAL COLABORATIVA
ou por email: nyhyw@yahoo.com.br
a fábula da evolução
por que sonhar, resmunga o porco, prefiro cheirar as tetas dessa vaca.
outro dia, a mesma moral:
"ó, cadela que me pariste
reza para a humanidade
recuperar seu instinto animal"
COLAGEM-MONTAGEM DE VERSOS DIVERSOS DE
AUGUSTO DOS ANJOS
Eu, filho do carbono e do amoníaco,
Monstro de escuridão e rutilância,
Sofro, desde a epigênesis da infância,
A influência má dos signos do zodíaco.
Com um pouco de saliva quotidiana
Mostro meu nojo à natureza humana.
A podridão me serve de Evangelho…
Amo o esterco, os resíduos ruins dos quiosques
E o animal inferior que urra nos bosques
É com certeza meu irmão mais velho!
Os pães — filhos legítimos dos trigos —
Nutrem a geração do Ódio e da Guerra....
Os cachorros anônimos da terra
São talvez os meus únicos amigos!
Continua o martírio das criaturas:
— O homicídio nas vielas mais escuras,
— O ferido que a hostil gleba atra escarva,
— O último solilóquio dos suicidas —
E eu sinto a dor de todas essas vidas
Em minha vida anônima de larva!
Fator universal do transformismo,
Filho da teleológica matéria,
Na superabundância ou na miséria,
Verme — é o seu nome obscuro de batismo.
Eis-me passeando como um grande verme
Que, ao sol, em plena podridão, passeia!
E, em vez de achar a luz que os Céus inflama,
Somente achei moléculas de lama
E a mosca alegre da putrefação!
Sentir, adstritos ao quimiotropismo
Erótico, os micróbios assanhados
Passearem, como inúmeros soldados,
Nas cancerosidades do organismo!
E erguendo os gládios e brandido as hastas,
No desespero dos iconoclastas
Quebrei a imagem dos meus próprios sonhos!
Forma vermicular desconhecida
Em cismas patológicas insanas,
Vomitar o pulmão na noite horrível
E comer o último óvulo do ventre!
Expulsar, aos bocados, a existência
Numa bacia autômata de barro,
Alucinado, vendo em cada escarro
O retrato da própria consciência!
Parece muito doce aquela cana.
Descasco-a, provo-a, chupo-a... ilusão treda!
O amor, poeta, é como a cana azeda,
A toda a boca que o não prova engana.
O amor tem favos e tem caldos quentes
E ao mesmo tempo que faz bem, faz mal;
O coração do Poeta é um hospital
Onde morreram todos os doentes.
Vieram todos, por fim; ao todo, uns cem..
E não pôde domá-lo, enfim, ninguém,
Que ninguém doma um coração de poeta!
Melancolia! Estende-me a tu’asa!
És a árvore em que devo reclinar-me...
Se algum dia o Prazer vier procurar-me
Dize a este monstro que eu fugi de casa!
Sol brasileiro! Queima-me os destroços!
Quero assistir, aqui, sem pai que me ame,
De pé, à luz da consciência infame,
À carbonização dos próprios ossos!
Ser semelhante aos zoófitos e às lianas,
Ter o destino de uma larva fria,
Deixar enfim na cloaca mais sombria
Este feixe de células humanas!
Tome, Doutor, esta tesoura, e... corte
Minha singularíssima pessoa.
Que importa a mim que a bicharia roa
Todo o meu coração, depois da morte?!
Ah! Um urubu pousou na minha sorte!
Os defuntos então me ofereciam
Com as articulações das mãos inermes,
Num prato de hospital, cheio de vermes,
Todos os animais que apodreciam!
Às alegrias juntam-se as tristezas,
E o carpinteiro que fabrica as mesas
Faz também os caixões do cemitério!...
Levando apenas na tumbal carcaça
O pergaminho singular da pele
E o chocalho fatídico dos ossos!
É a Morte — esta carnívora assanhada—
Serpente má de língua envenenada
Que tudo que acha no caminho, come...
— Faminta e atra mulher que, a 1 de Janeiro,
Sai para assassinar o mundo inteiro,
E o mundo inteiro não lhe mata a fome!
Chegou a tua vez, oh! Natureza!
Eu desafio agora essa grandeza,
Perante a qual meus olhos se extasiam...
Eu desafio, desta cova escura,
No histerismo danado da tortura
Todos os monstros que os teus peitos criam.
E haja só amizade verdadeira
Duma caveira para outra caveira,
Do meu sepulcro para o teu sepulcro?!
Então dois ossos roídos me assombraram...
— “Por ventura haverá quem queira roer-nos?!
Os vermes já não querem mais comer-nos
E os formigueiros já nos desprezaram.”
Não me incomoda esse último abandono.
Se a carne individual hoje apodrece,
Amanhã, como Cristo, reaparece
Na universalidade do carbono!
E eu, com os pés atolados no Nirvana,
Acompanhava, com um prazer secreto,
A gestação daquele grande feto,
Que vinha substituir a Espécie Humana!
Ao terminar este sentido poema
Onde vazei a minha dor suprema
Tenho os olhos em lágrimas imersos...
Rola-me na cabeça o cérebro oco.
Por ventura, meu Deus, estarei louco?!
Daqui por diante não farei mais versos.
diários da pandemia:
VOLTANDO AO NORMAL
A pandemia acabou!
Preferiu continuar em isolamento.
INSTAURADA CPI PRA INVESTIGAR
A IMBECILIDADE DOS BOZONAZI
-Jura dizer a verdade e apenas a verdade perante esta Comissão?
-Juro.
-Vossa Senhoria é estúpido?
-O que? Não entendi…
-A pergunta é simples e objetiva: Você é estúpido?
-Ora, eu… bem… não, eu não sou estúpido.
-Vossa Senhoria está preso por mentir na sessão.
Mais um AAAHHrte disponível, com mais uma FANZINOTECAPA DE Mr. Klauzz e aquela galeria de acontecimentos interessantes.
As edições do AAAHHrte estão disponíveis pela
ou na
ou por email
nyhyw@yahoo.com.br
EUDAIMON
Ela toca sua mão. Alisa suavemente com as unhas. Pequenos beliscões na palma. Desliza os lânguidos dedos pelos seus. Afasta a mão direita ao mesmo tempo em que revela a esquerda, levemente oculta junto ao corpo, com a qual segura um punhal.
Coloca a arma em sua mão.
Ela aproxima o abdômen até encostar na lâmina. Se você forçar um mínimo para frente, a afiadíssima ponta penetrará aquela carne.
Segura seu pulso, conduzindo sua mão e o punhal para baixo até que o lado cego roça naquela suculenta vagina. Ela faz movimentos pra frente e pra trás, passando a arma por entre suas pernas. Um filete vermelho escorre pela virilha. Ela geme. De prazer.
Vira de costas. Rebola irresistivelmente pra você, as nádegas dançam num sincronismo hipnotizante.
Sutilmente encosta o centro de sua vistosa bunda na ponta da lâmina. Mais um filete de sangue derrama-se de seu ânus.
Vira o rosto, te olha e sorri.
Vadia. Sabe que você pode matá-la a qualquer momento. Sem dificuldade. Mas você é frágil, é covarde. Ela é forte. Ela é a dominadora.
Você está com a arma nas mãos mas é ela quem te controla.
Tem uma ação para cumprir mas não consegue.
Não devia ter se envolvido. Agora tem medo. Não deveria ter medo. Pensou que era forte. Mas não é. Apenas enganou a si. Por que foi procurar aquela Sociedade?
Por quanto mais tempo ela pretende te torturar?
Quando ela senta em seu colo, não consegue mais segurar. O orgasmo explode como um vulcão. Então, um movimento muito rápido, percebe muito sutilmente a arma ser retirada de sua mão, quase ao mesmo tempo em que sente a estocada na carótida. Ela se farta em gozo e sangue, enquanto sua visão se apaga...
BREVES CAPTURAS DE MOMENTOS FATAIS
I
Aquela carótida, que excitação. Os caninos em ereção. O desejo por sangue. Só então entendem o que aconteceria. Mas já era tarde demais pra eles...
II
"Sua beleza é sobrenatural".
O incubus havia escolhido sua vítima.
Mas ao despí la
incontáveis e profundas cicatrizes, todo o tronco cortado, assim como o abdômen, as coxas, a virilha.
Ela sorri e, com as garras que despontam, sutilmente rasga um corte longitudinal em seu próprio seio direito.
"Essa marca, querido, é pra você".
A sucubus havia escolhido sua vítima.
III
-Uau, não acredito que estou conhecendo de perto as esculturas de Jonas Diberet. Suas estátuas são impressionantes, tão reais. Quem será sua próxima homenageada?
-Quem sabe não é você?
Seus olhos brilharam como uma estrela que acabara de nascer. Não seria mais uma reles mortal. Seria imortalizada.
-Hoje sua beleza encanta a mim, amanhã encantará o mundo.
Ela flutuava naquelas palavras, seu sorriso parecia criar uma fenda no tempo .
Diberet saboreava aquela excitação. Não via a hora de começar sua próxima obra prima.
IV
É a próxima a desfilar. Está nervosa. Não por causa da passarela, mas por passar em sua mente um lampejo de todas as atrocidades que cometeu para vencer. Quando chamada, o lampejo cessa, pensa apenas no sucesso, na conquista, no mundo a seus pés, eu sou linda, maravilhosa, perfeita, eu mereço. Caminha confiante pelo palco. Até que uma sensação estranha, uma fraqueza, como se o ar a esmagasse. A plateia a encara pasma, boquiaberta. Percebe sua pele, suas mãos, braços. Toda enrugada, envelhecida. Apalpa seu corpo, sente as estrias, celulites, culotes, rugas, a pele cada vez mais flácida. É como se envelhecesse um ano a cada segundo. Então se lembra de Liliane, da praga que lhe rogou antes de morrer. Então aquela vadia era realmente uma bruxa…
QUASE-TROVA DO TESÃO
era paixão ou era amor afinal
ou mais do pior apenas fofoca?
quem podia separar o bem do mal?
tanto requinte em tão humilde maloca
-E aí, beleza?
-Opa. Tudo bem? Você sumiu, hein?
-Sumi? De onde? Do facebook? Dos grupos de zap?
FORA
frases sem sentido percorrem sua espinha
o dia passa e nada acontece
a noite chega e sabe que é a hora
o espírito brada canções solenes
algo te move para fora
fora do lar
fora da terra
fora de si
algo acontece que não pode explicar
apenas relaxa e se deixa levar
se sente tão bem como gostaria de estar
sente conforto, proteção, satisfação
prazer é tudo que sente
por que a vida não é sempre assim
por que a vida não pode ser simples
mas uma hora temos que acordar
a rotina não pode parar
REALITY SHOW
Da janela observa janela do prédio vizinho, alguém assistindo TV. Passa horas ali observando, revoltado. Como pode, pensa, é todo dia a mesma coisa, sempre ali na mesma monotonia, vendo TV o tempo todo, como alguém pode levar uma vida tão vazia? Finalmente, após horas, cansa de ficar ali na janela observando e vai dormir, irritado. Amanhã teremos mais um episódio.
O google comunicou que o atual serviço de receber as atualizações do blogspot por email, feito pelo feedburner, será encerrado a partir de julho. E cagou para quem gosta de receber as postagens por email. Então, como um quebra galho, inseri no Partes uma nova opção de aviso por mail, do Follow It. Esse serviço envia um mail pros cadastrados com o título de novas postagens. Então se você tinha se cadastrado pra receber atualizações por mail aqui e quiser continuar sendo avisado por mail a partir de julho, peço que se cadastre novamente na opção "Receba novos posts por e-mail", no topo da coluna da direita. Por enquanto esse Follow It quebra o galho, apesar de não ser grandes coisas também, se aparecer algo melhor insiro no blog. Ou faço outro blog, já que o google parece ser uma empresa rumando para a falência.
-0,00²x0
apresentação, introdução, prefácio, posfácio, conclusão, biografia:
-Você é um zero à esquerda.
-Sou muito mais que isso. Sou menos zero vírgula zero zero à esquerda ao quadrado vezes zero!
AAAHHrte 27
AAAHHrte 27 disponível, trazendo mais um panorama de obras criativas acontecendo por aí.
Confira nos canais da Editora Merda Na Mão
https://editoramerdanamao.blogspot.com/p/catalogo.html
ou na Zineteca Digital Colaborativa
https://drive.google.com/folderview?id=1VOSRYuN_id71RG9ks00clzH9nSTGxyGE
ou peça por mail
nyhyw@yahoo.com.br