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quarta-feira, 16 de junho de 2021

Eudaimon

 

EUDAIMON


Ela toca sua mão. Alisa suavemente com as unhas. Pequenos beliscões na palma. Desliza os lânguidos dedos pelos seus. Afasta a mão direita ao mesmo tempo em que revela a esquerda, levemente oculta junto ao corpo, com a qual segura um punhal.

Coloca a arma em sua mão.

Ela aproxima o abdômen até encostar na lâmina. Se você forçar um mínimo para frente, a afiadíssima ponta penetrará aquela carne.

Segura seu pulso, conduzindo sua mão e o punhal para baixo até que o lado cego roça naquela suculenta vagina. Ela faz movimentos pra frente e pra trás, passando a arma por entre suas pernas. Um filete vermelho escorre pela virilha. Ela geme. De prazer.

Vira de costas. Rebola irresistivelmente pra você, as nádegas dançam num sincronismo hipnotizante. 

Sutilmente encosta o centro de sua vistosa bunda na ponta da lâmina. Mais um filete de sangue derrama-se de seu ânus.

Vira o rosto, te olha e sorri.

Vadia. Sabe que você pode matá-la a qualquer momento. Sem dificuldade. Mas você é frágil, é covarde. Ela é forte. Ela é a dominadora.

Você está com a arma nas mãos mas é ela quem te controla.

Tem uma ação para cumprir mas não consegue.

Não devia ter se envolvido. Agora tem medo. Não deveria ter medo. Pensou que era forte. Mas não é. Apenas enganou a si. Por que foi procurar aquela Sociedade?

Por quanto mais tempo ela pretende te torturar?

Quando ela senta em seu colo, não consegue mais segurar. O orgasmo explode como um vulcão. Então, um movimento muito rápido, percebe muito sutilmente a arma ser retirada de sua mão, quase ao mesmo tempo em que sente a estocada na carótida. Ela se farta em gozo e sangue, enquanto sua visão se apaga... 



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