"- E aí, gata? Quer ir lá em casa ver minha coleção de fanzines?
- Claro!!!!!"
E temos um zine novo circulando por aí. Jornal Químico, de Ivan Silva, mais um talento de Goiás.
O JQ é um delírio poético-visual que não deve ser resenhado, deve ser visto e lido. Ivan conseguiu habilmente explorar ao máximo as possibilidades da expressão escrita manual, contando/criando ficções/crônicas que se metamorfoseam em HQs, textos e experimentações imagéticas. É incrível quando terminamos de ler constatar que o zine possui apenas 4 págs, pois acabamos de absorver um enorme conteúdo.
Contato: Ivan Silva - isrbaixo@hotmail.com - http://atunalgun.blogspot.com/
-
Se eu não conhecesse o Fábio da Silva Barbosa pessoalmente, eu ficaria em dúvida se se trata realmente de um ser humano ou de uma máquina de produção em prol da cultura alternativa. É impressionante a quantidade de material produzido por esse camarada. Além de um dos blogs mais ativos que conheço, se envolve em diversas iniciativas e lança um zine atrás do outro. E isso com família pra sustentar e tendo que encarar diariamente um emprego convencional pro ganha-pão. É um soco na cara de quem vive reclamando da tão aclamada falta de tempo.
E como o assunto aqui é zine, vamos falar de seu novo lançamento, o Reboco Caído 5. Essa edição já chama a atenção iniciando pela capa, diferente e ousada, mostrando que o Reboco também experimenta e se renova, coisa essencial em qualquer zine. Na sequência, os costumeiros textos interessantes, do editor e dos colaboradores Cleber Araújo, Eduardo Marinho, Diego El Khouri, Evandro Santos Pinheiro, Winter Bastos e Murilo Pereira Dias, além do sensacional Penso, logo cago, do sempre genial Glauco Matoso. Mas o grande destaque são as entrevistas, muito interessantes e com uma diversidade de temas que creio não se encontra em nenhuma outra publicação. Os entrevistados são Anita Costa Prado (Katita), Rogério Amorim (Oficinativa), Carlos Pankaru (Acampamento Indígena Revolucionário), Hulkabilly (Kães-Vadius), Olga Ribeiro Defavari, Law Tissot (Fanzinoteca Mutação). E são discutidos temas como ativismo, fanzines, direitos indígenas, psychobilly, movimento GLS. Peça logo o seu porque o 6 já deve estar vindo por aí.
Contato: Fábio da Silva Barbosa - fsb1975@yahoo.com.br - www.rebococaido.blogspot.com
Os povos originários passam por diversos
problemas em diversas regiões do país.
Existe uma fonte comum de todos esses
problemas e uma forma única de resolver
todas essas batalhas?
Sim. Quem causa o problema é o Grande
Capital, a ambição. Desde 1500 os governantes
de Portugal têm invadido esse Brasil
para roubar as riquezas que aqui existem,
como: madeira, ouro e outras riquezas. Hoje
não é diferente. As riquezas que se encontravam
com facilidade, como no estado de
São Paulo, Minas Gerais, Pará (exemplo de
Serra Pelada), hoje não se têm mais a mesma
facilidade em se encontrar. Isso se encontra
com facilidade nas terras indígenas porque
são intocáveis. Nós, indígenas, preservamos
a natureza. Não fazemos dela algo de
aproveito e depois jogamos fora, como se
não tivesse valor. Tratamos da natureza como
uma mãe. Tiramos dela o sustento como
um filho que amamenta no peito de sua mãe,
mas que depois abraça e tem amor pela mesma
e chora a falta dela. Assim é o índio com
a natureza. Diferente do homem branco, que
desmata, faz grandes plantações, destrói e
depois fica chorando pelo mau feito e dizendo
que está preocupado com o aquecimento
global.
problemas em diversas regiões do país.
Existe uma fonte comum de todos esses
problemas e uma forma única de resolver
todas essas batalhas?
Sim. Quem causa o problema é o Grande
Capital, a ambição. Desde 1500 os governantes
de Portugal têm invadido esse Brasil
para roubar as riquezas que aqui existem,
como: madeira, ouro e outras riquezas. Hoje
não é diferente. As riquezas que se encontravam
com facilidade, como no estado de
São Paulo, Minas Gerais, Pará (exemplo de
Serra Pelada), hoje não se têm mais a mesma
facilidade em se encontrar. Isso se encontra
com facilidade nas terras indígenas porque
são intocáveis. Nós, indígenas, preservamos
a natureza. Não fazemos dela algo de
aproveito e depois jogamos fora, como se
não tivesse valor. Tratamos da natureza como
uma mãe. Tiramos dela o sustento como
um filho que amamenta no peito de sua mãe,
mas que depois abraça e tem amor pela mesma
e chora a falta dela. Assim é o índio com
a natureza. Diferente do homem branco, que
desmata, faz grandes plantações, destrói e
depois fica chorando pelo mau feito e dizendo
que está preocupado com o aquecimento
global.
(entrevista com Carlos Pankaru)
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E mais uma boa notíca. Logo estará na área mais um documentário sobre fanzines. Estamos no aguardo.
Tamo aí. VQV
ResponderExcluirGostei dessa frase do JQ: "Passando a onda sonora veio a onda dos olhares" Muito massa o material do Ivan! Dei uma olhada no site do reboco, e o conteúdo é extenso e muito rico, tenho que fazer degustações esporádicas...rs
ResponderExcluirAgora só falta ver a nova edição impressa do Anormal! Então editor, vai demorar muito? Os fanzineiros e o seu novo público estão aguardando material novo!
Opa...
ResponderExcluirValeu, aí Wagner
Feriadão vindo aí...
Vai rolar aquela gelada?
Vamos descaralhar?
Cachaça Kid, A Hora da Verdade?
Como é que é? Emprego convencional pro ganha pão!
ResponderExcluirAdoro eufemismos!
O meu emprego seria chamado de Singela Fábrica de Fazer Maluco!
Sou leitor assíduo do fanzine Reboco Caído desde seu primeiro número. Sempre faço questão de adquirir. O nº 5 está excelente. Vale a pena contatar Fabio para obter um.
ResponderExcluir(www.expressaoliberta.blogspot.com)
Wagner, o Fábio realmente, é muito especial.
ResponderExcluirSabe o que faz, sabe o que diz.
Tem personalidade, é crítico.