AGORA TAMBEM TEXTOS SEM ACENTUACAO E SEM PONTUACAO

SOU O QUE SEREI

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

POESIA NOVA


Outonáceas
Medo Repulsivo De Sentir
O Ódio Tão Puro Amplifica A Primavera
Teorias Quânticas Em Demasia
Versos Bem Dotados
Textos De Livre-Associação Espacial
Murmúrios Viciantes Em Vagas Conexões Neuro-Semânticas
Sócrates Enferniza Platão No Paraíso Dos Descrentes
Sublimação Em Falta
Triste Meio Dos Filhos Da Verdade
Napalm Entre As Refeições
Enamorados Pelo Vicio
Ideias Poliglotas Ruíram Em Bagdá
Brincadeiras Infantis A Caminho Da Alcova
Senso De Direção Perdido
Ciprestes Arredios Conclamados A Minar
Amor Particionado Em Devaneios
Literatura Pós Pós Pós Pós Pós
Pó É Altitude Metafísica
Minotauros Pela Manhã
Crise Sistêmica
Suborno Franciscano Apocaléptico
Apoplexia Dos Encantos Afro-Cibernéticos Congênitos
Engalfinhados Pelo Presságio
Monumento Rompante De Cristalina Oclusão
Defecações Tântricas Em Tomos Circun-Lapidados
Nobres Estandartes Repetidos Em Molho
Curiosa Salva De Ocasiões
Acontecimentos Sem Fortaleza
Simples Preponderância De Argumentos Opacos
Clorofórmio Enzipado Em Balsas
Tulipas Sorridentes
Interesse Nenhum
Antilóquios
Paquidermes
Taxidermistas
Em Massa

- Que foi?
- Estava sonhando.
- Sonho bom?
- Sonhei com palavras.
- Com palavras? Como assim?
- Só isso. Palavras. Algumas deformadas. Outras reinventadas. Em frases oníricas.
- Você tá aloprando, ninguém sonha palavras.
- Foi o que sonhei.
- Ah, volta a dormir.

Não conseguiu mais dormir. Ficou pensando naquele sonho. Eram palavras tão bonitas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário