Outonáceas
Medo Repulsivo De Sentir
O Ódio Tão Puro Amplifica
A Primavera
Teorias Quânticas Em Demasia
Versos Bem Dotados
Textos De Livre-Associação
Espacial
Murmúrios Viciantes Em Vagas
Conexões Neuro-Semânticas
Sócrates Enferniza Platão No
Paraíso Dos Descrentes
Sublimação Em Falta
Triste Meio Dos Filhos Da
Verdade
Napalm Entre As Refeições
Enamorados Pelo Vicio
Ideias Poliglotas Ruíram Em Bagdá
Brincadeiras Infantis A
Caminho Da Alcova
Senso De Direção Perdido
Ciprestes Arredios
Conclamados A Minar
Amor Particionado Em
Devaneios
Literatura Pós Pós Pós Pós
Pós
Pó É Altitude Metafísica
Minotauros Pela Manhã
Crise Sistêmica
Suborno Franciscano
Apocaléptico
Apoplexia Dos Encantos
Afro-Cibernéticos Congênitos
Engalfinhados Pelo Presságio
Monumento Rompante De
Cristalina Oclusão
Defecações Tântricas Em
Tomos Circun-Lapidados
Nobres Estandartes Repetidos
Em Molho
Curiosa Salva De Ocasiões
Acontecimentos Sem Fortaleza
Simples Preponderância De
Argumentos Opacos
Clorofórmio Enzipado Em
Balsas
Tulipas Sorridentes
Interesse Nenhum
Antilóquios
Paquidermes
Taxidermistas
Em Massa
-
Que foi?
-
Estava sonhando.
- Sonho
bom?
- Sonhei
com palavras.
- Com
palavras? Como assim?
- Só
isso. Palavras. Algumas deformadas. Outras reinventadas. Em frases oníricas.
- Você
tá aloprando, ninguém sonha palavras.
- Foi
o que sonhei.
- Ah,
volta a dormir.
Não
conseguiu mais dormir. Ficou pensando naquele sonho. Eram palavras tão bonitas.
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