No fundo do abismo vivia Nihil, oni, uno, entre formas esquecidas e lampejos de existência, empunhando o grande cajado da sabedoria.
"Você é o homem, aquele que destrói tudo que toca. Mas chegou tarde. Aqui não há mais nada para você destruir."
"Você se engana."
As montanhas caem, a escuridão se dissolve, os seres semi-animados se desenvolvem, o campo floresce, o imenso abismo se transforma em infinita planície.
"É inútil", brada Nihil, "é inútil e você sabe disso". Começa a se translucidar até desaparecer completamente, ficam suas últimas palavras sobre a relva tácita: "Você sabe que cedo ou tarde e para todo o sempre, seu destino sou eu".
Vã tentativa, abraço a árvore que cresce sem parar. O eterno recomeçar…
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