1 – veja a lebre que foge
recolhida em seu horror
2 – fugaz o olhar
pálido o amanhã
3 – leões acocorados
ninguém mais impera
sobre a selva devastada
4 – selva de túmulos
selva de amores esquecidos
5 – o tempo nosso já passou
plante outra civilização você
se assim desejar
eu vagabundo apenas
vago pela treva que desfaz
6 – imenso o pan...
“aí, meu irmão, fica quietinho, senão leva tiro.”
Dois. Armados. Um de cada lado.
“vai passando tudo, carteira, relógio, celular...”
Olho em volta. Nada nem ninguém. Que escolha? Levam tudo. Menos o pedaço de papel e a caneta, claro. Quem vai roubar expressões alucinadas de um pseudo-artista desconhecido e fudido?
Volto a estar sós com meus versos malfeitos. De onde aqueles porras vieram? Distração: a maldita letra custou caro desta vez. Meu erro, achar que apenas eu ainda rastejava pela relva.
que escreverei versos de amor.
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