(por Reverendo W. Van Baco)
Estou te esperando desde as onze. Eu sei, desculpa, você sabe como é televisão. Imprevisível. Tudo bem, vem cá. Plínia se despe, bem devagar, com a habilidade de uma stripper. Plínia é casada. Seu marido é completamente apaixonado. Não é pra menos, Plínia é PhD em sexualidade humana. Escreveu Best Sellers sobre sexo. Cruza o país ministrando palestras. Participa de um programa de TV em que tira dúvidas dos espectadores. A Transa dura 65 minutos. Muitas posições, velocidades, brincadeiras. Ele goza. Ela não. Vamos, diga se sou ou não sou melhor que seu marido. Plínia apenas sorri carinhosamente em resposta. Em 15 anos de casamento, nunca teve um orgasmo. Nos namoros e transas anteriores, também não. Com os vários amantes que teve nestes anos de matrimônio, muito menos. Nem com homens, nem com mulheres. Plínia simplesmente desconhece essa sensação misteriosa que dizem ser mágica. Mas prefere não pensar nisso. Dedica-se ao sucesso profissional. Ela possui centenas de fãs. É admirada. É desejada. Daí tira seu prazer. Plínia é feliz. Não pode reclamar da vida. Sua rotina é trabalho e antidepressivos. Após cada comprimido ingerido, repete para si mesma que não tem orgasmos porque não precisa deles.
Coitada da Plínia
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