Da varanda
Da varanda no topo da metrópole vemos e ouvimos muitas coisas
O buzinaço sinalizando o stress
Aviões deformando nuvens
O prazer do casal vizinho
Os raios da tempestade rebuscando a paisagem
Lixo derramando-se pelas calçadas
O convite do caminhão de frutas: "Vamos chegando, freguesia"
Luzes incessantes
Risos e desgostos
Seda e esgoto
Outras varandas
de onde outrs veem e ouvem
Os pés apoiados na borda
a brisa zunir mais intensa
a imensidão que aguarda
o infinito
tão perto
a apenas um passo
O corpo a flutuar
E daquela varanda nada mais é visto ou ouvido
pois na varanda não mais estamos.
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