Imagem por Katarzyna Widmanska
“Não conheço nenhuma Ylljana. Comprei a casa de um casal idoso que queria um lugar menor depois que os filhos se casaram. Não, não sei pra onde eles se mudaram, nem tenho nenhum telefone deles”.
A única mulher que realmente amei. O país ainda se chamava Iugoslávia. Terra das caucasianas mais belas do planeta. Entre as belas, ela era belíssima. Entre as belíssimas, ela era o Sol.
Cheguei a esta conclusão após 3 meses de total reclusão em Istambul.
Ylljana. A única por quem voltei.
Percorri os Bálcãs por completo. Toda a Europa Oriental. Nenhum sinal.
Ela é como eu. Sem destino.
Incerta.
Estaria ela também me procurando?
Ou, talvez, cansada, tenha constituído abrigo.
Estaria ela agora na janela?
Observando?
Esperando?
Me esperando?
Não seja ingênuo, seu tolo, certamente ela seguiu seu caminho.
Me esqueceu.
Aprendeu comigo.
Talvez seja melhor assim.
Não encontrá-la.
Sem desilusões. Apenas recordações.
E a fantasia de que poderia ter dado certo.
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Esses textos fantásticos me obrigam a sempre visitar seu blog!!!
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